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O presidente boliviano, Evo Morales, colocou fim neste domingo ao estado de sítio em vigor há mais de dois meses em uma província do norte do país e que havia começado após a morte de simpatizantes do governo em uma onda de violência política.

A decisão de Morales, primeiro presidente de origem indígena da Bolívia, retira um obstáculo legal para a realização, em 25 de janeiro, de um referendo sobre a nova Constituição do país.

"À meia-noite, o estado de sítio foi levantado", disse o ministro Alfredo Rada.

Neste mês, o tribunal eleitoral do país andino alertou que não permitiria a organização do referendo se o estado de sítio continuasse em vigor na província amazônica de Pando.

O líder boliviano espera que a nova Constituição dê mais poderes à maioria indígena do país e aumente o papel estatal na economia.

Segundo o tribunal eleitoral, a lei que embasa o referendo determina que a votação não pode ocorrer se as liberdades civis estiverem restritas em qualquer lugar do país.

Morales decretou o estado de sítio em 12 de setembro. Na época, Pando vivia conflitos entre simpatizantes e opositores ao governo central. Os choques ocorreram após distúrbios em quatro províncias governadas por rivais de Morales.

O presidente descrevia a violência em Pando e a onda de protestos como uma tentativa de desestabilizar o governo.

Não ficou claro o número de mortos nos confrontos em Pando, mas a mídia local estima que a cifra tenha ficado entre 15 e 20 pessoas.

O governador de Pando na época, Leopoldo Fernandez, foi preso mais tarde. Morales o culpou pelas mortes.

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