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Sede do Centers for Disease Control (CDC) em Atlanta, Geórgia| Foto: Tami Chappell/AFP

Pesquisadores do Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos anunciaram a descoberta da possibilidade de transmissão entre humanos de um vírus raro, o vírus de Chapare, pertencente ao grupo dos causadores de doenças como o ebola. A confirmação aconteceu após a análise de casos registrados na Bolívia no ano passado. Segundo o CDC, dois pacientes transmitiram o vírus para três profissionais de saúde. Um dos pacientes e dois médicos morreram.

De acordo com o jornal britânico The Guardian, os casos ocorreram na capital da Bolívia, La Paz. O único outro registro de contaminação por este vírus data de 2004, na região de Chapare, também na Bolívia. "Nosso trabalho confirmou que um jovem residente de Medicina, um médico socorrista e um gastroenterologista contraíram o vírus após contato com pacientes infectados", disse ao The Guardian Caitlin Cossaboom, epidemiologista da divisão de patologias do CDC. "Agora acreditamos que vários fluidos corporais têm potencial para carregar o vírus".

Segundo Cossaboom, acredita-se que o vírus é carregado por ratos que podem ter infectado os humanos. Ela disse ainda que os sintomas registrados nos pacientes foram febre, dor abdominal, vômito, sangramento nas gengivas, erupção cutânea e dor atrás dos olhos. Por não existir medicamento específico para a doença ainda, os pacientes receberam tratamentos de apoio, como fluidos intravenosos.

A descoberta foi anunciada no encontro anual da Sociedade Americana de Higiene e Medicina Tropical (ASTMH). Durante o evento, os pesquisadores disseram que é possível que o vírus tenha circulado ao longo dos anos, sem ser detectado, por ser facilmente confundido com outras doenças que causam sintomas parecidos, como a dengue. Ainda de acordo com a publicação britânica, os cientistas afirmaram que estão trabalhando para identificar novas ameaças à humanidade e que precisam estudar o vírus chapare para entender a capacidade de disseminação.

O presidente da ASTMH, Joel Breman, disse que por mais que ainda exista muito a ser descoberto sobre o vírus chapare "é louvável o quão rápido essa equipe desenvolveu um teste para diagnosticar o vírus, confirmar a transmissão entre humanos e descobrir evidências preliminares sobre o vírus em roedores".

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