• Carregando...
Complexo da polícia que abriga um esquadrão antiterror ficou destruído após sofrer ataque de um homem-bomba, na periferia de Islamabad | Mian Khursheed / Reuters
Complexo da polícia que abriga um esquadrão antiterror ficou destruído após sofrer ataque de um homem-bomba, na periferia de Islamabad| Foto: Mian Khursheed / Reuters

Um homem-bomba atacou o quartel-general da polícia na capital do Paquistão, Islamabad, nesta quinta-feira (9), mesmo dia em que aviões de guerra mataram 20 combatentes islâmicos no noroeste do país e crianças morreram na explosão de um outro artefato. Os incidentes confirmam a intensificação dos conflitos entre o governo e os grupos militantes.

Após os ataques, o presidente do país, Asif Ali Zardari, viúvo da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, morta em um atentado suicida, disse que o governo não estava assustado com os militantes e que está determinado a livrar a sociedade do terrorismo.

Autoridades informaram que ao menos oito pessoas ficaram feridas no ataque contra um complexo da polícia que abriga um esquadrão antiterror e que fica localizado na periferia da capital.

"Estou no local da explosão. Vi muitas pessoas feridas, oito ou nove", afirmou o policial Khalid Mehmood à Reuters.

O chefe da polícia paquistanesa, Asghar Raza Gardazi, disse que o agressor entrou no prédio carregando dois cestos de doce e deu um deles a um policial. "No momento em que ele entregou o cesto ao policial, ocorreu a explosão". Segundo Mehmood, três policiais ficaram feridos.

"Ninguém morreu, graças a Deus."

A explosão ocorreu no momento em que o novo chefe do serviço de inteligência do Paquistão falava sobre a segurança interna do país no segundo dia de uma sessão conjunta do Parlamento realizada a portas fechadas.

O atentado ocorreu em uma zona de segurança reforçada. Islamabad, no entanto, encontra-se em alerta máximo desde a explosão do caminhão-bomba que matou 55 pessoas e destruiu o hotel Marriott no dia 20 de setembro.

Há temores de que novos atentados ocorram como resposta a uma ofensiva do Exército contra redutos de militantes islâmicos localizados em áreas tribais da fronteira com o Afeganistão.

Zardari afirmou que o governo tinha a força necessária para enfrentar os militantes.

"Não temos medo dos terroristas. O governo, o povo e eu mesmo estamos determinados a extirpar esse câncer da sociedade", disse.

"Nações do mundo todo sempre enfrentam crise, mas as nações fortes enfrentam essas crises com coragem e ousadia."

Ataques aéreos

Um oficial das Forças Armadas disse que jatos realizaram dois ataques aéreos contra um esconderijo e um campo de treinamento usados por combatentes leais ao comandante militante Mullah Fazlullah, que, no final do ano passado, despontou como chefe de uma revolta surgida no noroeste do vale de Swat.

"Um grupo de 20 militantes, entre os quais importantes comandantes, foi morto. Mas Fazlullah escapou. Ele estava na área", disse a autoridade.

Na região vizinha de Dir, na fronteira com o Afeganistão, uma bomba plantada em uma estrada atingiu um furgão da polícia que transportava acusados de crime.

A bomba acionada por controle remoto matou 11 pessoas (quatro crianças, quatro policiais e três prisioneiros), afirmou Sher Bahadur, uma autoridade do distrito.

Outras dez pessoas ficaram feridas. Canais de TV disseram que muitas das crianças encontravam-se em um ônibus escolar.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]