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Durante funeral das vítimas, crianças iemenitas protestam contra os EUA e Riad | STRINGER/AFP
Durante funeral das vítimas, crianças iemenitas protestam contra os EUA e Riad| Foto: STRINGER/AFP

A bomba lançada por uma coalizão liderada pela Arábia Saudita que atingiu um ônibus escolar no Iêmen, matando 40 crianças com menos de 15 anos, foi negociada como parte de um acordo entre os sauditas e o Departamento de Estado dos Estados Unidos, segundo informações da emissora CNN.

A arma em questão, uma bomba MK-82 de 227 kg e guiada a laser, foi fabricada pela Lockheed Martin, uma das maiores empreiteiras militares dos EUA. O explosivo é semelhante ao utilizado em um ataque a um funeral no Iêmen em outubro de 2016, que, na ocasião, deixou 155 pessoas mortas e outras centenas de feridos. No episódio, a coalizão saudita assumiu a autoria do ataque e admitiu o erro, afirmando que recebeu "informações incorretas".

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Após o caso, o ex-presidente dos EUA, Barack Obama, proibiu a venda de tecnologia militar guiada com precisão à Arábia Saudita por "preocupações relacionadas aos direitos humanos". A proibição foi anulada pelo então Secretário de Estado de Donald Trump, Rex Tillerson, em março de 2017.

Os EUA dizem que não tomam decisões sobre alvos para a coalizão, que está lutando contra uma insurgência rebelde houthi no Iêmen, porém, apoia o movimento com negociação de milhões de dólares em armamentos, reabastecimento de aeronaves de combate e compartilhamento de inteligência.

O bombardeio contra o ônibus escolar foi parte de uma ofensiva da coalizão saudita na Província de Saada, no Iêmen, no dia 9 de agosto. No total, 43 pessoas morreram e outras 63 ficaram feridas, sendo a maioria parte delas crianças, segundo informações do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).

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