O proscrito partido Batasuna, braço político do movimento separatista basco ETA, anunciou nesta quinta-feira que rejeitará a violência para poder ser legalizado, mas o governo espanhol disse que isso não basta.
A declaração é o mais recente sinal de que o Batasuna pressiona o ETA a depor suas armas, e de que o grupo pode estar perto de abandonar seus 40 anos de luta em prol da independência do País Basco (norte da Espanha)
Em nota publicada no jornal basco Gara, o Batasuna promete adotar "uma organização democrática e um compromisso público com meios exclusivamente pacíficos".
O Batasuna já fez declarações desse tipo anteriormente, mas nunca condenou especificamente a violência do ETA, o que é uma condição para ser legalizado. O partido deseja participar das eleições locais de maio no País Basco.
O governo disse que a nota mostra que o ETA está enfraquecido com a recente prisão de vários líderes, mas que o Batasuna precisa romper totalmente com a guerrilha.
"Eles precisam persuadir o ETA a desistir completamente, ou o Batasuna tem de se separar definitivamente do ETA", disse o vice-premiê Alfredo Pérez Rubalcaba à rádio Cadena Ser.
O ETA matou mais de 800 pessoas nas últimas quatro décadas, mas no mês passado anunciou um cessar-fogo unilateral.
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