• Carregando...

Brasília - Brasil e Espanha deverão manifestar conjuntamente à Casa Branca sua "preocupação e surpresa" com a instalação de bases militares americanas na Colôm­bia. Em linguagem diplomática, trata-se de um rechaço à iniciativa dos Estados Unidos de manter uma presença militar efetiva na América do Sul. A medida poderá agregar outros países da re­­gião, mas foi acertada durante o encontro de ontem dos chanceleres do Brasil Celso Amorim e da Espanha Miguel Ángel Morati­nos, no Itamaraty.

O governo brasileiro também deverá pedir a convocação de uma reunião extraordinária do Conselho de Defesa da América do Sul para avaliar o desdobramento do acordo EUA-Colômbia na indesejável militarização e instabilidade da região. Amorim informou que, nesta semana, instruiu a embaixada brasileira em Washington a pedir informações e a reclamar transparência ao governo americano sobre sua futura presença militar na Co­­lômbia. Há cerca de 10 dias, a mesma instrução fora repassada à embaixada brasileira em Bo­­gotá.

Para Brasil e Espanha, o acordo EUA-Colômbia está na raiz da denúncia de Bogotá de desvio de armas importadas pela Vene­­zuela da Suécia para as Forças Armadas Revolu­­cio­­nárias da Colômbia (Farc), que gerou uma nova crise diplomática entre os dois vizinhos sul-americanos.

A acusação foi respondida na noite da terça-feira pelo presidente venezuelano, Hugo Chá­­vez, com o congelamento das relações bilaterais e a retirada do seu em­­baixador em Bogotá.

Preocupado com a evolução desse conflito, o Palácio do Pla­­nalto envia hoje a Caracas o as­­sessor da Presidência para As­­suntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia. Na quarta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou com Chávez, por telefone, sobre o rompimento do diálogo entre Venezuela e Co­­lômbia.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]