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O Brasil prefere que a Venezuela entre no Mercosul, mas não ficaria incomodado se a Venezuela desistir da adesão, afirmou Marco Aurélio Garcia, assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para Assuntos Internacionais, em declarações publicadas nesta quarta-feira pelo jornal argentino "La Nación".

"Se o presidente (Hugo) Chávez acha que vale a pena entrar, será uma decisão soberana dele. Espero que entre, mas o Brasil e o Mercosul não teriam problemas se isso acontecer: conseguimos viver até agora sem a Venezuela", afirmou o assessor.

Já o governo argentino, que apoiou e promoveu a entrada da Venezuela no bloco regional, lamentou a controvérsia e manifestou seu desejo de uma rápida superação.

"O governo argentino lamenta esta controvérsia verbal e pública e espera que ela seja superada", disse à AFP nesta quarta-feira uma fonte oficial do governo de Néstor Kirchner.

O chanceler argentino, Jorge Taiana, afirmou na segunda-feira o desejo da Argentina de que a "Venezuela dê continuidade e conclua sua adesão ao Mercosul".

A entrada da Venezuela no Mercosul está por um fio, depois de o presidente Chávez ter dado um ultimato aos Congressos de Brasil e Paraguai para que aprovem o protocolo de adesão, assinado por Caracas há exatamente um ano.

"Ele (Chávez) soberanamente decidiu que queria entrar (no Mercosul). Se agora lhe parece que não convém, também será uma decisão soberana. Não temos nada a ver com isso", insistiu Marco Aurélio Garcia.

"Não será um papelão para ninguém se a negociação não terminar bem: todos (os integrantes do Mercosul: Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai) estão de acordo com a entrada da Venezuela".

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