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O Embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, disse nesta sexta-feira (10) em São Paulo que o governo do Brasil reagiu com "serenidade" ao vazamento de informações diplomáticas relativas ao país pelo site WikiLeaks.

A declaração foi feita na OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo), onde ele falou sobre relações diplomáticas entre Brasil e EUA. Segundo Shannon, Brasil e EUA vão sair do episódio com uma relação mais forte.

Ele reiterou que o governo não tem informação nenhuma sobre supostas atividades da presidente eleita, Dilma Rousseff, durante a ditadura militar, conforme um dos vazamentos.

"Nossa relação com a presidente eleita é de longo prazo e muito positiva", disse. A relação, segundo ele, começou com uma visita dela aos EUA em 1992, quando integrava uma delegação gaúcha.

Shannon afirmou que Dilma visitou os EUA várias vezes e esteve inclusive na Casa Branca.

O embaixador afirmou que os tribunais vão determinar a culpabilidade do vazamento das informações, tanto nos EUA como em outros países envolvidos.

Para ele, não há contradição entre as críticas à divulgação de informações sigilosas do governo e a defesa da liberdade de expressão. "Todo mundo precisa de alguma confidencialidade", disse, defendendo que as informações sigilosas servem para ajudar na tomada de decisões bem informadas.

Segundo Shannon, a tensão entre o que precisa ser sigiloso e o que precisa ser divulgado é permanente em toda democracia, e os vazamentos do site WikiLeaks vai fazer com que essa tensão seja repensada. "Estamos trabalhando no mundo pós-WikiLeaks para reconstruir os espaços de confidencialidade no mundo".

Oriente Médio

Durante o encontro na OAB, o embaixador falou também das recentes posturas do Brasil no cenário internacional, especialmente no Oriente Médio.

Shannon elogiou a entrevista da presidente-eleita ao jornal americano "Washington Post", em que ela criticou a abstenção do Brasil na crítica internacional à falta de direitos humanos no Irã.

Em relação ao reconhecimento do Estado palestino, entretanto, Shannon disse que acha que o Brasil foi prematuro. "Mas o Brasil é um país soberano e tem o direito de reconhecer", disse.

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