Washington O Brasil foi retirado da "lista de observação" na sétima edição do "Relatório de Tráfico Humano", levantamento anual do Departamento de Estado norte-americano. O país chegou a ser citado pela secretária Condoleezza Rice como um dos que realizaram "grandes melhorias" nesse setor. O relatório é dividido em quatro categorias, crescentes conforme o esforço e os resultados obtidos pelos 105 países avaliados no combate ao tráfico humano.
Na América Latina, além do Brasil, foram "promovidos" Belize, Bolívia, Jamaica e Peru; caíram para a condição de "observação" a Argentina e o México. Venezuela e Cuba, antagonistas políticos dos EUA, continuam na pior colocação.
Apesar da melhoria em relação a 2006, o trabalho escravo, o turismo sexual e a prostituição infantil ainda preocupam: "Cerca de 25 mil vítimas, a maioria de homens, são traficadas internamente para realizar trabalho forçado no campo, principalmente na Amazônia e no Mato Grosso". O texto estima em meio milhão o número de menores prostituídos.
Um dos destaques do relatório são as denúncias de trabalho escravo na confecção do carvão usado na fabricação do ferro-gusa, grande parte exportada para os EUA.