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A pernambucana Paula Oliveira, de 27 anos, que em fevereiro do ano passado denunciou ter sido vítima de um ataque de neonazistas na Suíça, país onde morava, está no Recife desde o início do mês. Ela não foi alvo de pedido de deportação daquele país nem pediu prolongamento do seu visto de permanência. As informações foram dadas pelo pai dela, o advogado Paulo Oliveira, por meio de nota, após a divulgação, pela agência de notícias suíça ATS, de que ela teria de deixar aquele país no final deste mês porque o Departamento de Migrações de Zurique, onde residia, teria negado o pedido de permanecer por mais tempo no país.

Em dezembro, ela foi condenada a pagar multa por mentir à Justiça daquele país sobre o ataque que disse ter sofrido na cidade de Dubendorf. Seu corpo apresentava vários cortes, alguns formando a sigla do partido SVP, apontado como xenófobo. Paula disse na ocasião que estava grávida de três meses do noivo Marco Trepp, tendo abortado devido à suposta agressão. A polícia suíça constatou que ela não estava grávida e que teria sido a autora dos cortes.

"Ela saiu espontaneamente da Suíça no final deste mês e se encontra em casa de familiares, onde vem se recuperando, com a ajuda da família, dos traumas sofridos", afirma Oliveira, na nota, em que destaca que a pernambucana não tinha nenhum seguro contratado que pudesse proporcionar "alguma vantagem financeira decorrente da tragédia da qual foi vítima".

Ao garantir que Paula não tem mais qualquer pendência com o Estado suíço ou suas instituições, diz que ela foi a única vítima dessa tragédia, "sob todo e qualquer ângulo". "Isso porque, se a versão da polícia estiver certa, tratava-se de um caso médico e não policial; e se a versão de Paula for verdadeira, como ela até hoje assegura, os responsáveis pela agressão continuam impunes".

Ainda de acordo com a nota, as recomendações finais de um professor de Medicina Legal da Universidade de Zurique para que fosse realizada uma perícia psicológica nunca foi feita, assim como não foi realizada uma perícia grafoscópica nas inscrições grafadas no seu corpo. "Os xenófobos, os neonazistas e seus simpatizantes são os maiores incomodados com a exposição de suas ideologias desumanas", afirma.

Com a divulgação da nota, a família dá o caso por encerrado e pede respeito à sua privacidade.

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