Após novos casos de Covid-19, China começa a testar dois milhões em Pequim
População começa a ser testada em Pequim neste sábado (23) como parte da campanha para testar dois milhões de pessoas em 48 horas| Foto: AFP

As autoridades de Pequim lançaram nesta sexta-feira (22) uma campanha de testagem em massa após a detecção de novos casos de Covid-19. Os dois distritos centrais de Dongcheng e Xicheng anunciaram o plano de testar, em dois dias, todos os moradores e trabalhadores – algo em torno de dois milhões de pessoas. A China enfrenta uma alta de casos desde o mês passado, em níveis que lembram o início da pandemia, há um ano. Em Pequim, foram 15 novos contágios no período e no país já há mais de 1 mil casos desde o início do mês.

Na quarta-feira (20), a capital chinesa voltou a colocar cerca de 1,7 milhão de habitantes do distrito de Daxing, ao sul da capital, em lockdown. "Os casos detectados em Daxing lançam o alerta de que a situação epidêmica é dura e complexa. Não podemos reduzir a prevenção dos casos importados e na retomada dos domésticos", disse o porta-voz da prefeitura, Xu Hejian.

Também foram fechados locais públicos, incluindo hotéis, restaurantes, prédios corporativos, fábricas e supermercados. Além de isolar o distrito, Pequim também estendeu para 28 dias o período de restrições para quem chega do exterior, sendo que 14 dias precisam ser cumpridos em isolamento nos centros do governo e 7 em isolamento domiciliar. Nos últimos sete dias, o governo pede que a pessoa não participe de qualquer tipo de reunião pública.

A tática de isolar distritos vem sendo aplicada em diversas regiões da capital e de outras cidades chinesas, como uma opção para não colocar cidades inteiras em lockdown. Recentemente, a mesma estratégia foi adotada no distrito de Shunyi, também em Pequim, e em três cidades da Província de Hebei (nordeste).