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Imagem ilustrativa. Base antiterrorista localizada no Vale dos Rios Apurímac, Ene e Mantaro (VRAEM), no Peru.| Foto: Alberto Orbegoso

Um ataque armado deixou 16 pessoas mortas, inclusive dois menores de idade, em uma região remota e selvagem do Peru, dominada pelo narcotráfico, segundo autoridades do país. Algumas das vítimas foram encontradas queimadas e irreconhecíveis. O Exército atribui o assassinato em massa à guerrilha maoísta Sendero Luminoso. O ataque teria ocorrido enquanto as vítimas estavam em um bar, na região do Valle dos rios Apurímac, Ene e Mantaro (VRAEM), uma das regiões produtoras de coca do país e onde remanescentes do Sendero Luminoso se escondem.

Os corpos foram encontrados nesta segunda-feira (24). De acordo com os militares, na cena do crime foram encontrados panfletos que diziam para as pessoas não votarem no segundo turno das eleições presidenciais, em 6 de junho, em que disputam o marxista Pedro Castillo e Keiko Fujimori, filha do ex-ditador peruano Alberto Fujimori. O Sendero Luminoso perpetrou ataques semelhantes em anos eleitorais anteriores, na mesma região, como em 2011 e 2016.

"Lamento profundamente que, mais uma vez, atos sangrentos estejam ocorrendo em nosso país", disse Keiko Fujimori. "Os grupos terroristas querem nos paralisar, gerar medo. Não podemos permitir". O adversário nas urnas também condenou o ataque. "Condeno veementemente este ataque terrorista e exorto os tribunais a aplicarem todo o peso da lei. Não toleraremos nenhum ato de violência", disse Castillo. "Em nosso governo, promoveremos um orçamento maior para a investigação policial para determinar as verdadeiras causas desses ataques".