Avanço da imunização nos EUA pressiona Biden a apoiar quebra de patente de vacinas
| Foto: MANDEL NGAN / AFP

A Organização Mundial do Comércio (OMC) deve discutir em abril a possível quebra de patentes das vacinas contra a Covid-19, o que poderia ajudar países que estão atrasados no combate à doença. Com o avanço da imunização dos americanos, aumenta também a pressão sobre a Casa Branca para apoiar a proposta, encabeçada por Índia e África do Sul, e apoiada por 55 países. Para avançar na OMC, é preciso consenso entre os 164 membros. No ano passado, o governo de Donald Trump se opôs à ideia e no último debate da OMC, no início de março, os EUA mantiveram a posição. Desde então, no entanto, congressistas têm pressionado o governo Biden a chancelar a proposta.

A maioria das vacinas hoje em produção foi desenvolvida por laboratórios americanos, chineses e europeus. União Europeia, Suíça, Japão e Reino Unido estão entre os que ficaram ao lado dos EUA. O Brasil foi um dos poucos que não apoiou a proposta da Índia e da África do Sul. Em discussão, há ainda uma terceira possibilidade, defendida pela diretora da OMC: a ideia de Ngozi Okonjo-Iweala é licenciar a fabricação de vacinas para outros países, algo que a AstraZeneca fez com o Instituto Serum, na Índia.