A presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, na Escola de Condores do Exército, em Yacuiba, Bolívia, 14 de dezembro de 2019
A presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez| Foto: JORGE BERNAL / AFP

O governo interino da Bolívia informou no domingo que o país ingressou no Grupo de Lima, que tem como objetivo contribuir com uma solução à crise política na Venezuela. A presidente interina Jeanine Áñez decidiu incorporar o país ao grupo depois da renúncia de Evo Morales à presidência. Morales era um dos últimos apoiadores do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, na região.

Após a queda de Morales, a chancelaria de Áñez já havia decidido reconhecer o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, como presidente interino do país. Pelo Twitter, o representante de assuntos exteriores de Guaidó, Julio Borges, celebrou o ingresso da Bolívia no Grupo de Lima e disse que este é "um passo fundamental para fortalecer a luta internacional pela democracia na Venezuela".

Por sua vez, na mesma rede social, o chanceler de Maduro, Jorge Arreaza, rechaçou a decisão do governo interino boliviano. "Supostos defensores das democracias e dos direitos humanos têm reprimido a seus povos selvagemente, e agora incorporam em suas fileiras uma ditadura fascista, racista, produto de um golpe de Estado sangrento", afirmou, em referência ao governo interino de Áñez.

Além da Bolívia, o Grupo de Lima é formado por Argentina, Brasil Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru, Guiana e Santa Lucía.