Jeanine Áñez discursa da sacada do Palácio Quemado em La Paz após assumir a presidência interina da Bolívia em uma sessão do congresso que não atingiu o quórum, 12 de novembro de 2019
Jeanine Áñez discursa da sacada do Palácio Quemado em La Paz após assumir a presidência interina da Bolívia em uma sessão do congresso que não atingiu o quórum, 12 de novembro de 2019| Foto: Aizar RALDES / AFP

A nova ministra das Relações Exteriores da Bolívia, Karen Longaric, anunciou nesta sexta-feira o rompimento das relações com o governo de Nicolás Maduro na Venezuela, a retirada da União de Nações sul-americanas (Unasul) e da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba) e a saída de médicos cubanos do país, em uma mudança de 180 graus em relação à política exterior empregada por quase 14 anos pelo ex-presidente Evo Morales.

A ministra disse em uma coletiva de imprensa que a Bolívia deixará a Unasul porque, na verdade, o "o bloco não funciona mais, já não existe e não serve". "Não somos mais a Alba", disse ela sem maiores explicações, acrescentando que o embaixador venezuelano na Bolívia será declarado persona non grata.

A presidente interina, Jeanine Áñez, já havia antecipado que seu governo de transição reconheceria o líder da oposição venezuelana Juan Guaidó como presidente legítimo da Venezuela e tinha pedido que ele enviasse um embaixador à Bolívia.

A ministra das Relações Exteriores disse, também, que o novo governo boliviano enviou uma queixa ao México por "pronunciamentos hostis" que o ex-presidente Morales faz desde que se exilou em solo mexicano. Fonte: Associated Press.