O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, discursa ao lado de sua vice, Delcy Rodriguez, e do presidente da Assembleia Nacional Constituinte, Diosdado Cabello, no Palácio de Miraflores, em Caracas, 4 de junho
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, discursa ao lado de sua vice, Delcy Rodriguez, e do presidente da Assembleia Nacional Constituinte, Diosdado Cabello, no Palácio de Miraflores, em Caracas, 4 de junho| Foto: Palácio de Miraflores / AFP

O Ministério das Relações Exteriores e o Ministério da Justiça e Segurança Pública elaboraram uma lista de funcionários do alto escalão do governo da Venezuela cujo ingresso no Brasil será proibido. A medida é uma reação contra o ditador Nicolás Maduro. Segundo fontes do Palácio do Planalto, a portaria Interministerial está em fase final de trâmite para publicação.

O objetivo, de acordo com uma fonte do governo, é "impedir o ingresso no país de indivíduos cujos atos contrariam princípios e objetivos da Constituição Federal brasileira por atentar contra a democracia e os Direitos Humanos, além de representarem riscos concretos à segurança nacional brasileira".

A medida deve ser anunciada nesta terça-feira, 6, pelo chanceler Ernesto Araújo, que está em Lima, no Peru, para a Conferência Internacional pela Democracia na Venezuela. O ministro também pretende anunciar medidas de apoio ao presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó. Entre as medidas estão o recebimento das credenciais da embaixadora Maria Belandria, designada por Guaidó; o reconhecimento de passaportes não renovados pelo governo de Nicolás Maduro; e a introdução do tema nas reuniões do Brics, grupo de países que reúne Brasil, Índia, China, Rússia e África do Sul.