Ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Carlos Holmes Trujillo
Ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Carlos Holmes Trujillo| Foto: Raul ARBOLEDA/AFP

O chanceler da Colômbia, Carlos Holmes Trujillo, considerou os exercícios militares da Venezuela na fronteira como uma "ameaça direta" à estabilidade regional. A afirmação feita na quarta-feira, 4, é uma resposta à ordem do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de realizar exercícios militares e implantar um sistema de defesa antimísseis na fronteira entre os dois países para responder ao receio de um possível ataque de forças colombianas.

Trujillo ainda esclareceu que tal ameaça "é sentida há muito tempo" na Colômbia. "É uma ameaça que provém do regime chavista e tem se prolongado durante o regime madurista", defendeu, citando o ex-presidente venezuelano Hugo Chávez, morto em 2013. Para o chanceler, "o regime ditatorial (de Maduro) favorece a presença de organizações terroristas em seu território, não só colombianas, mas de outras partes do mundo". Os colombianos estão sob alerta desde a semana passada, quando dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) publicaram um vídeo em que anunciavam seu retorno à luta armada.