Usando máscara de proteção contra o coronavírus, Álvaro Uribe deixa o prédio da Suprema Corte da Colômbia, em Bogotá, em 4 de agosto de 2020.
Usando máscara de proteção contra o coronavírus, Álvaro Uribe deixa o prédio da Suprema Corte da Colômbia, em Bogotá, em 4 de agosto de 2020.| Foto: AFP

Na terça-feira (4), a Suprema Corte da Colômbia determinou a prisão preventiva de Álvaro Uribe, chefe do Executivo do país entre agosto de 2002 e agosto de 2010. O ex-presidente, que poderá ficar em prisão domiciliar, é investigado por crime de suborno e manipulação de testemunhas, que teriam recebido benefícios para prestar depoimentos favoráveis a Uribe em processo contra o senador de esquerda Iván Cepeda, em um caso de suposto complô. Cepeda é um dos maiores adversários políticos do ex-presidente.

Em 2012, Uribe apresentou denúncia contra o senador progressista alegando que Cepeda teria entrado em contato com antigos paramilitares para que o envolvessem em atividades criminosas dos grupos de extrema direita que combateram as guerrilhas de esquerda. Em vez de denunciar Cepeda, porém, a Justiça colombiana decidiu instaurar, em 2018, investigação contra o ex-presidente por manipulação de testemunhas contra o adversário político.

"A privação da minha liberdade me causa profunda tristeza por minha esposa, por minha família e pelos colombianos que ainda acreditam que fiz algo bom pela pátria", escreveu Uribe em seu perfil oficial no Twitter. Desde 2014, o ex-presidente é senador do país. Ele também fundou, em 2013, o Partido Centro Democrático, legenda do atual presidente colombiano, Iván Duque Márquez.