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Ditador da Venezuela, Nicolas Maduro, usando uma máscara facial enquanto faz um discurso televisionado sobre a pandemia de coronavírus.| Foto: Divulgação/Palácio Miraflores/AFP

A pandemia do novo coronavírus chegou aos centros de detenção de Caracas. Segundo informações do jornal venezuelano El Nacional, obtidas com fontes do Ministério da Saúde do país, há registros de contaminados tanto na sede do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin) quanto na da Direção-Geral de Contraespionagem Militar (Dgcim). A presença da Covid-19 nesses locais agrava a situação dos presos, que ficam em celas superlotadas, não têm acesso a serviços básicos e estão sujeitos a torturas praticadas pela ditadura.

De acordo com o jornal que divulgou as informações, vários funcionários do Dgcim testaram positivo para a doença. Não se sabe qual é a situação de saúde dos presos, vez que há meses familiares e advogados não conseguem acessar o local. Ainda, há relatos de casos de coronavírus na sede do Sebin. Há informações concretas de que um preso está internado e que outros internos apresentaram sintomas. Pelo menos três funcionários do local também testaram positivo.

Até o momento, há o registro de 29 mil pessoas infectadas e 247 mortos em decorrência do coronavírus na Venezuela. Na quarta-feira (12), foram confirmados 1.150 novos casos no país. Foi o segundo dia consecutivo em que a ditadura de Nicolás Maduro anunciou mais de mil diagnósticos positivos para a doença.