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Policiais antimotins, alguns com máscara respiratória protetora, ficam de guarda após uma revolta de prisioneiros na Itália| Foto: Piero CRUCIATTI/AFP

O coronavírus causou rebeliões em pelo menos 27 presídios italianos, onde os detentos estão exigindo anistia frente às medidas adotadas pelo governo em face da emergência de saúde pública no país, o terceiro com mais casos da doença batizada de Covid-19. Segundo o jornal italiano Il Messagero, desde domingo (8) distúrbios graves estão sendo registrados em várias regiões do país. Em Milão e Roma presos atacaram enfermarias e queimaram colchões. Na província de Foggia, 20 presos fugiram ao quebrar o portão de uma prisão e escapar roubando carros de funcionários. Em Modena, pelo menos seis detentos morreram por overdose. Eles conseguiram tomar conta da enfermaria da prisão e fizeram uso de drogas, especialmente da metadona - um opioide usado para a redução progressiva da dependência de drogas.

De acordo com a agência de notícias Ansa, os presos reclamam das medidas restritivas impostas para a contenção da Covid-19 no sistema prisional, como o isolamento de detentos que apresentam sintomas da doença, a restrição do contato durante as visitas, a permissão para conversas por telefone ou vídeo, e um maior controle no caso de presos que estão em regime de liberdade condicional. Essas normas, segundo o ministro da Justiça da Itália, Alfonso Bonafede, devem valer pelos próximos 15 dias. Familiares dos presos também protestaram do lado de fora das instalações.