Combatentes sírios pró-turcos se reúnem perto da cidade de Azaz, na província de Aleppo
Combatentes sírios pró-turcos se reúnem perto da cidade de Azaz, na província de Aleppo| Foto: Nazeer Al-khatib/AFP

Em 36 horas, mais de 60 mil pessoas foram desalojadas no nordeste da Síria depois que a Turquia iniciou, na quarta-feira (9), uma operação militar contra os curdos na região. A informação é do Observatório Sírio de Direitos Humanos, que acompanha a situação. Algumas cidades ficaram completamente vazias. Moradores das áreas de fronteira entraram em pânico e tentavam fugir a pé, em carros ou com riquixás empilhados com colchões e alguns pertences, de acordo com a imprensa internacional.

As informações sobre mortes no conflito são confusas. O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse que 109 "terroristas" morreram - a Turquia considera terroristas os grupos curdos que atuam na sua fronteira. O Observatório Sírio, porém, afirma que foram mortos 19 militantes curdos e 9 militares turcos.

No segundo dia de operação, a Turquia está intensificando os ataques aéreos e a ofensiva por terra para tomar as áreas do norte da Síria, controladas atualmente por forças curdas. De acordo com veículos de imprensa internacionais, há relatos de combates pesados na região da fronteira central, nas cidades de Ras al-Ain e Tal-Abyad, e pelo menos sete mortes de civis. Veja como o mundo está reagindo à incursão da Turquia na Síria.