O embaixador dos EUA na União Europeia, Gordon Sondland, em audiência no comitê de Inteligência da Câmara dos Deputados dos EUA, parte do inquérito de impeachment contra o presidente Trump, 20 de novembro de 2019
O embaixador dos EUA na União Europeia, Gordon Sondland, em audiência no comitê de Inteligência da Câmara dos Deputados dos EUA, parte do inquérito de impeachment contra o presidente Trump, 20 de novembro de 2019| Foto: Andrew CABALLERO-REYNOLDS / AFP

O embaixador dos EUA na União Europeia, Gordon Sondland, - testemunha-chave na investigação de impeachment contra o presidente dos EUA Donald Trump - disse ao Congresso nesta quarta-feira (20) que pressionou o governo da Ucrânia, juntamente com o advogado pessoal de Trump, Rudy Giuliani, a investigar as atividades da família de Joe Biden, rival político de Trump, por "instruções expressas" do presidente americano.

Durante a audição pública na comissão de inquérito para o impeachment de Trump, Gordon Sondland disse ainda que houve uma relação de troca (“quid pro quo”) entre um encontro de Trump com o presidente ucraniano e a investigação à família Biden e que ele expressou preocupação sobre esse fato ao vice-Presidente, Mike Pence. "Todos nós entendemos que uma reunião na Casa Branca com o presidente da Ucrânia e um telefonema com Trump aconteceriam apenas se o presidente Volodymyr Zelensky concordasse com uma investigação sobre as eleições de 2016 nos EUA e o filho do ex-vice-presidente Joe Biden", disse Sondland.

Segundo o embaixador, ele enviou um e-mail em 19 de julho, poucos dias antes da ligação de 25 de julho no centro do inquérito de impeachment, onde expôs a questão em detalhes a membros dos departamentos de Estado e de Energia e funcionários da Casa Branca. "Não era segredo", acrescentou.