Palácio de Justiça da Venezuela na capital Caracas, 15 de julho
Palácio de Justiça da Venezuela na capital Caracas, 15 de julho| Foto: EFE/ Rayner Peña/ Gazeta do Povo

A ONG Foro Penal denunciou nesta terça-feira que na Venezuela há 276 pessoas detidas que são consideradas presos políticos, 23 a menos do que em seu relatório anterior, publicado há uma semana.

Segundo informou a organização, em publicação pelo Twitter, do total de prisioneiros relatados, há 260 homens e 16 mulheres. Ainda, entre os detentos, há 147 civis, incluindo um adolescente, e 129 militares. Com isso, o total de detenções desse tipo chegou a 15.734 desde 2014. O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, informou através da mesma rede social que ele certifica a relação de prisioneiros na nação caribenha.

Em 21 de maio, o Foro Penal - que conduz a defesa daqueles considerados presos políticos na Venezuela - pediu para que seja evitado usar os detentos como "moeda de troca". A solicitação foi feita depois do início do diálogo entre a ditadura de Nicolás Maduro e a oposição liderada por Juan Guaidó.

O presidente da ONG, Alfredo Romero, defendeu a negociação como uma forma de resolver os problemas pelos quais a Venezuela está passando, mas ressaltou que os presos políticos não podem ser usados como peças em benefício das partes.

"Em uma negociação, além de libertar pessoas, que deveriam ser todas libertadas, deveriam também propor que não houvesse mais pessoas presas", afirmou Romero. Ele lembrou que, após os últimos processos de diálogo no país, o número de detentos aumentou, apesar de terem ocorrido libertações.