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Arquivo, 24 de outubro de 2020: Trabalhadores desinfetam uma seção eleitoral na véspera do referendo sobre a Constituição do país| Foto: PEDRO UGARTE/AFP

O presidente do Chile, Sebastián Piñera, promulgou nesta terça-feira (6) a lei que adia por cinco semanas as eleições para prefeitos, governadores e delegados que vão redigir a nova Constituição, marcadas para este fim de semana, devido ao aumento dos casos de coronavírus. Mais cedo, o Parlamento do Chile havia aprovado o adiamento da votação, após um árduo processo de negociação com a oposição em ambas as Casas.

"Não nos pareceu prudente, nem conveniente realizar eleições neste próximo fim de semana", disse Piñera em uma cerimônia no Palácio de La Moneda. As eleições foram remarcadas para os dias 15 e 16 de maio. Mais de 14,7 milhões de chilenos estão convocados a eleger seus representantes municipais e regionais e os 155 membros da Assembleia Constituinte, que redigirão uma nova Constituição.

O adiamento também significa que o segundo turno das eleições para governadores será transferido de 9 de maio para 13 de junho enquanto as primárias presidenciais serão realizadas em 18 de julho.

Com a ocupação hospitalar em 95%, mais de 83% da população confinada e um número recorde de infecções devido à propagação de novas variantes, o Chile está passando pelo pior momento da pandemia, apesar de seu avançado processo de vacinação. Desde 3 de fevereiro, mais de 7 milhões de pessoas receberam pelo menos uma dose da vacina contra a Covid-19, e mais de 4 milhões foram totalmente imunizados.

O governo chileno acredita que os primeiros efeitos da vacinação serão sentidos até meados de abril e espera que até nas eleições de maio 9,3 milhões de pessoas estejam vacinadas com pelo menos uma dose. A chamada imunidade do rebanho é esperada até o final de junho.