Manifestantes entram em confronto com a polícia de choque durante greve dos transportes contra medidas econômicas do presidente equatoriano Lenin Moreno, em Quito, 3 de outubro de 2019
Manifestantes entram em confronto com a polícia de choque durante greve dos transportes contra medidas econômicas do presidente equatoriano Lenin Moreno, em Quito, 3 de outubro de 2019| Foto: Rodrigo BUENDIA / AFP

O presidente do Equador, Lenín Moreno, decretou estado de exceção em todo o país em meio a protestos contra um aumento de 123% no preço da gasolina. Ao menos 19 pessoas foram presas. Há bloqueio de estradas em Quito e Guayaquil, as duas principais cidades do país.

O aumento decorre da retirada de subsídios da gasolina, que vigorava no país há 40 anos, depois de o Equador ter fechado um acordo de US$ 2 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI). "Abaixo o paquetaço", gritavam os manifestantes nos arredores da Praça de Armas de Quito, na qual está localizado o Palácio de Carondelet, sede do Executivo. A polícia e o Exército foram destacados para proteger o local. O Estado de exceção é válido por 60 dias, prorrogáveis por mais 30.

Motoristas de táxi e caminhoneiros lideram os protestos. Terminais de ônibus estão fechados. Manifestantes ergueram barricadas com pneus queimados e lixo nas ruas de Quito. "Vamos parar esse país até que o governo desista do decreto", ameaçou o líder dos transportistas Abel Gómez. Moreno diz que o fim dos subsídios combaterá o contrabando de combustível e incentivará a economia.