Protesto no Equador
Manifestantes marcham contra o presidente Lenin Moreno, em Quito, Equador| Foto: Rodrigo BUENDIA/AFP

Em meio a mega protestos contra o governo em várias cidades do Equador, a ministra de governo, María Paula Romo, disse que continuam "as mesas de diálogo" instaladas em Quito com as organizações indígenas, tendo as Nações Unidas (ONU) e as universidades como mediadoras.

A Confederação Nacional Indígena do Equador (Conaie), porém, negou que esteja dialogando com o governo e informou que as mobilizações continuarão. "Esclarecemos a nossas bases e à cidadania de que não negociamos ou chegamos a um acordo com este governo repressivo e criminal", afirmou Jaime Vargas, presidente da organização.

As propostas inciais apresentadas pelo governo de Lenín Moreno não incluem a revogação das austeras medidas econômicas anunciadas na semana passada, que dobraram o preço da gasolina e do diesel no país e desencadearam as manifestações massivas. O movimento indígena diz que não vai abrir mão desta exigência.

Esta quinta-feira é o oitavo dia de protesto. Ao menos 700 manifestantes foram presos, acusados de vandalismo. A Conaie acusa o governo de atuar como uma ditadura militar ao reprimir os protestos. Na noite de terça-feira, o presidente decretou toque de recolher em alguns bairros de Quito que abrigam prédios públicos, depois de um grupo de manifestantes ter invadido a Assembleia Nacional.