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Uma aeronave OC-135 “Céus Abertos” decola em 14 de setembro de 2018 da base aérea de Nebraska| Foto: Divulgação/Charles J. Haymond/55th Wing Public Affairs/EUA

O governo dos Estados Unidos formalizou, no domingo (22), sua saída do tratado de defesa conhecido como "Céus Abertos", visto como um dos principais mecanismos da segurança coletiva na Europa. O anúncio foi feito pelo Departamento de Estado, seis meses depois da decisão do governo de Donald Trump de abandonar o acordo, em vigor desde 2002.

Inicialmente com 35 países, o tratado permitia que seus signatários realizassem voos de observação sobre os territórios de outras nações, como forma de monitorar iniciativas e arsenais militares. Mas, na visão da atual Casa Branca, a permanência dos EUA era insustentável, porque a Rússia, também signatária, estaria descumprindo suas obrigações. Entre elas, o veto a voos sobre a região de Kaliningrado, que fica entre a Polônia e a Lituânia, e sobre uma área de fronteira entre a Rússia e a Geórgia. Moscou rejeita as alegações e, por sua vez, acusa Washington de descumprir os termos do texto.

Quando os EUA anunciaram a saída do Tratado dos Céus Abertos, 11 países europeus, incluindo a Alemanha e a França, emitiram um comunicado lamentando a decisão americana, mas reconhecendo que há problemas envolvendo a participação russa. Contudo, ao invés de medidas drásticas, defendiam o diálogo com Moscou para aparar as arestas. Segundo a CNN, integrantes das Forças Armadas americanas estão dispostos a compartilhar informações de segurança com os parceiros europeus, mas não se sabe em que nível.