Polícia dispara gás lacrimogêneo em Hong Kong
Polícia dispara gás lacrimogêneo durante um protesto no distrito de Tsuen Wan, em Hong Kong| Foto: Philip FONG/AFP

Após dez dias de relativa tranquilidade, o fim de semana foi marcado por protestos violentos em Hong Kong, território semi-autônomo da China. Pelo menos 29 pessoas foram presas. No domingo (25), a polícia usou canhões de água contra manifestantes pela primeira vez e um agente chegou a disparar com arma de fogo - não foi confirmado se a munição era real.

Em comunicado divulgado nesta segunda-feira, a polícia acusou os manifestantes de serem "extremamente violentos" e afirmou que vai adotar "medidas implacáveis" para levar os responsáveis à Justiça. Alguns manifestantes mais radicais atiraram bombas inflamáveis e quebraram pedaços do asfalto para usar como arma, mas a maioria protestava de forma pacífica.

Os membros do Conselho Legislativo de Hong Kong trocaram acusações sobre os responsáveis pela violência. De um lado, parlamentares pró-governo condenaram os manifestantes pelo uso de bombas inflamáveis. Do outro, legisladores a favor do movimento pró-democracia responsabilizaram o governo e a polícia pelas ações contra opositores. Um representante do Partido Cívico Kwok Ka-ki culpou a líder de Hong Kong, Carrie Lam, pela crise afirmou que ela "está tentando fugir de toda a responsabilidade".