Stroessner
Foto de arquivo do ex-ditador paraguaio Alfredo Stroessner (que governou o Paraguai entre 1954 e 1989), em 07 de fevereiro de 1989, em Itumbiara, Goiás| Foto: ANTONIO SCORZA/AFP

A Justiça brasileira autorizou a exumação do cadáver do ditador paraguaio Alfredo Stroessner (1912-2006) para a realização de um exame de DNA. O objetivo da medida é realizar um "teste de paternidade" nos restos mortais do militar paraguaio, que comandou o governo do país vizinho por quase 35 anos, até ser deposto. No ano passado, Stroessner foi homenageado pelo presidente Jair Bolsonaro, que elogiou presidentes militares na posse do novo diretor da Itaipu Binacional.

O pedido de exumação de Stroessner foi feito por Enrique Alfredo Fleitas, que alega ser filho do paraguaio, e contou com o aval de Graciela Concepción Stroessner Mora, única herdeira viva do ditador. Por determinação da Justiça, o cemitério Campo da Esperança deverá informar a localização do túmulo às autoridades e apresentar informações sobre o andamento dos trabalhos. A análise ficará a cargo do Instituto de Pesquisa de DNA da Polícia Civil do DF.

Alvo de pedidos de extradição e de denúncias de crimes políticos e contra os direitos humanos, Stroessner se exilou no Brasil em 1989. Em 2006, morreu aos 93 anos em Brasília, após se submeter a uma cirurgia para tratar uma hérnia e ter o quadro clínico piorado por conta de uma pneumonia.