Da esquerda para a direita: a secretária de Relações Exteriores da Grã-Bretanha, Liz Truss, o primeiro-ministro, Boris Johnson, e a secretária do Interior, Priti Patel, ouvindo o presidente ucraniano Zelensky discursando via vídeo no Parlamento britânico.
Da esquerda para a direita: a secretária de Relações Exteriores da Grã-Bretanha, Liz Truss, o primeiro-ministro, Boris Johnson, e a secretária do Interior, Priti Patel, ouvindo o presidente ucraniano Zelensky discursando via vídeo no Parlamento britânico.| Foto: EFE/JESSICA TAYLOR

"Não nos renderemos", enfatizou nesta terça-feira (8) o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, no primeiro discurso de um líder estrangeiro aos deputados da Câmara dos Comuns do Reino Unido.

"Lutaremos nas florestas, nos campos, nas margens e nas ruas", disse Zelensky em videoconferência, parafraseando um dos discursos mais famosos do ex-primeiro-ministro britânico Winston Churchill na Segunda Guerra Mundial. "Não nos renderemos e não perderemos. Lutaremos até o fim por mar e por ar, continuaremos a lutar pela nossa terra, custe o que custar".

O mandatário ucraniano comparou a luta do seu país à que os britânicos travaram para defender o Reino Unido da Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial: "Não queriam perder o seu país quando os nazistas quiseram tirá-lo. Vocês lutaram por ele", analisou.

Posteriormente, o premiê Boris Johnson elogiou a resistência ucraniana à invasão russa e disse que o Reino Unido utilizará "todos os métodos disponíveis, diplomáticos, humanitários e econômicos" para assegurar que o Kremlin "fracasse". Depois de agradecer ao primeiro-ministro britânico pelo apoio ao governo ucraniano, Zelensky exortou o Reino Unido a ir além nas sanções contra a Rússia e a promover uma zona de exclusão aérea nos céus da Ucrânia para impedir os bombardeios russos.