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A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, fala sobre a mudança da data das eleições gerais de 2020| Foto: Marty MELVILLE/AFP

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern anunciou nesta segunda-feira (17) que as eleições parlamentares do país serão adiadas em quatro semanas devido a um novo surto de Covid-19 em Auckland. O pleito deveria ocorrer em 19 de setembro, mas foi adiado para 17 de outubro, data em que a Comissão Eleitoral da Nova Zelândia avalia ser possível realizar eleições seguras e acessíveis. Ardern afirmou que, embora a decisão de adiar a votação tenha sido de seu gabinete, ela consultou líderes de outros partidos antes de anunciá-la. A oposição emitiu um comunicado de apoio.

"No final, o que mais importa é o que é do melhor interesse dos eleitores e de nossa democracia", disse a primeira-ministra. "Qualquer decisão de revisar a data das eleições deve ser o mais livre possível de interesses políticos partidários". Ela garantiu que não pretende mudar a data da eleição novamente e que, se necessário, o país estará preparado para realizar as eleições mesmo em meio a restrições impostas pela pandemia, lançando mão de rastreamento de contatos, fornecimento de desinfetante para as mãos e distanciamento físico.

Depois de ter ficado 100 dias sem registrar casos comunitários de Covid-19, o país de 5 milhões de habitantes identificou um novo surto de transmissão do novo coronavírus em Auckland. Com apenas 58 casos ativos, a maior cidade da Nova Zelândia foi colocada em lockdown novamente, impedindo os políticos locais de fazer campanha - motivo pelo qual o adiamento foi bem-vindo pela oposição. Desde março, a Nova Zelândia registrou 1.280 casos de Covid-19 e 22 mortes pela doença.