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OMS criticou falta de dados brutos do início da pandemia em Wuhan, na China| Foto: Fabrice COFFRINI/AFP

O diretor executivo da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, fez uma crítica velada à China nesta terça-feira (30) ao salientar a ausência de dados sobre o início da pandemia de Covid-19 em Wuhan na China, depois que uma equipe de investigadores internacionais e chineses apresentou um relatório inconclusivo sobre a origem da Covid-19. O líder da organização pediu, indiretamente, que o governo chinês compartilhe essas informações com os especialistas da OMS que estão investigando o novo coronavírus.

"O relatório apresenta uma análise abrangente dos dados disponíveis, sugerindo que houve transmissão não reconhecida em dezembro de 2019, e possivelmente antes. A equipe [de investigadores] relata que o primeiro caso detectado teve início dos sintomas em 8 de dezembro de 2019. Mas para entender os primeiros casos, os cientistas se beneficiariam com o acesso total aos dados, incluindo amostras biológicas, pelo menos a partir de setembro de 2019", disse Ghebreyesus em coletiva de imprensa nesta terça-feira (30).

"Em minhas discussões com a equipe, eles expressaram as dificuldades que encontraram para acessar os dados brutos. Espero que futuros estudos colaborativos incluam um compartilhamento de dados mais oportuno e abrangente", disse.

Ghebreyesus também disse que, apesar do relatório ter concluído que era "extremamente improvável" que a origem da pandemia estivesse relacionada a um acidente em laboratório, a teoria precisa ser melhor investigada.