O primeiro-ministro da Suécia, Stefan Lofven, fala após votação de não confiança no parlamento, em Estocolmo, 21 de junho
O primeiro-ministro da Suécia, Stefan Lofven, fala após votação de não confiança no parlamento, em Estocolmo, 21 de junho| Foto: EFE/EPA/ANDERS WIKLUND

O governo sueco foi derrubado nesta segunda-feira, 21, depois que o primeiro-ministro social-democrata Stefan Löfven perdeu uma moção de censura, que o deixou com a escolha de renunciar ou convocar eleições antecipadas. Votaram a favor da moção 181 deputados, seis a mais que a metade do total de assentos da Câmara, o mínimo exigido. Em uma coletiva de imprensa realizada após a votação, Löfven anunciou que usará o período de uma semana para decidir se apresentará a renúncia de seu governo minoritário ou se convocará eleições antecipadas.

Löfven na semana passada perdeu o apoio do Partido de Esquerda do país, necessário para sua coalizão governar, por conta de propostas para descartar o controle de aluguéis em novas construções. Os projetos permitiriam que proprietários de moradias recém-construídas cobrassem taxas de mercado dos inquilinos, provocando a ira do Partido de Esquerda, que deseja manter o atual sistema de aluguéis estabelecido por acordos coletivos de trabalho entre associações de inquilinos e proprietários.

O governo da minoria de centro-esquerda de Lofven foi formado no início de 2019, depois de quatro meses de impasse político após uma eleição de 2018 que não produziu um vencedor claro. As eleições gerais programadas para setembro do próximo ano ocorrerão conforme planejado de qualquer maneira.

Essa foi a primeira vez na história que um governo sueco perdeu um voto de confiança no Parlamento. A moção foi apoiada pelas três forças de oposição de direita - conservadores, direita e democratas-cristãos - e pelo Partido de Esquerda, um aliado eventual de Löfven, mas que exigia a retirada de um projeto de reforma da lei do aluguel para manter o apoio ao Executivo. Löfven criticou o Partido de Esquerda por não querer negociar uma oferta de última hora, embora tenha ressaltado que esta força política continue a preferi-lo como primeiro-ministro.