Porto de Paranaguá, embarcação da Petrobras
Abastecimento dos navios iranianos no Porto de Paranaguá deveria ser feito em alto mar via embarcação da Petrobras.| Foto: Cláudio Neves/ Portos do Paraná

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou nesta quinta-feira, 25, que a Petrobras corre o risco de ser punida pelos Estados Unidos caso abasteça os dois navios iranianos que estão estacionados no Paraná. Ele disse, no entanto, que a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, deve ser seguida.

Ontem à noite, o ministro determinou que a Petrobras abasteça os dois cargueiros, que estão parados desde junho. Em nota enviada à imprensa, o STF informou que Toffoli indeferiu o pedido da estatal brasileira e manteve a decisão do Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná que tinha determinado o fornecimento do combustível. Ao recusar-se a fornecer o combustível, a Petrobras alegava que poderia ser punida pois as embarcações são alvo de sanções americanas.

"É um tema que está na Justiça, nosso entendimento é de que as partes envolvidas têm que seguir a decisão da Justiça. Nós temos chamado a atenção o fato de que a Petrobras poderia estar sujeita a ter prejuízos em suas atividades nos Estados Unidos. De acordo com as medidas que estão em vigor nos EUA, determinado comportamento da empresa por ter esse tipo de repercussão", disse.

Araújo afirmou ainda que a situação permanece e que as empresas, tanto brasileira quanto iraniana, irão seguir a determinação da Justiça. "Achamos que a situação permanece, mas existe o Estado da Lei", disse.