O presidente do Chile, Sebastián Piñera, fala durante cerimônia de assinatura de um acordo de garantia de salário mínimo, parte das ações do governo para atender as demandas dos manifestantes após semanas de protestos, 6 de novembro
O presidente do Chile, Sebastián Piñera, fala durante cerimônia de assinatura de um acordo de garantia de salário mínimo, parte das ações do governo para atender as demandas dos manifestantes após semanas de protestos, 6 de novembro| Foto: JAVIER TORRES / AFP

O presidente do Chile, Sebastián Piñera, enviou nesta quarta-feira ao Congresso um projeto para aumentar o salário mínimo em 16% e reduzir pedágios, atendendo a duas das várias demandas que alimentam protestos no país há quase três semanas. Piñera firmou a iniciativa para garantir aos que trabalham jornada completa e pertencem aos lares mais vulneráveis um salário mínimo de 350 mil pesos chilenos (US$ 468), que será proporcionado em forma de um subsídio estatal.

"Estamos respondendo com feitos e não somente com boas intenções ao que o povo tem demandado com tanta força", afirmou Piñera ao anunciar na quarta-feira o envio do projeto. O salário mínimo atual está em US$ 402. A medida beneficiaria 540 mil pessoas, disse o presidente, e a maioria das ajudas estarão destinadas a pequenas e médias empresas. "Este é um benefício que chegará ao bolso e diretamente" aos trabalhadores, afirmou. "Com isso estamos dando um novo impulso a uma agenda social."

Enquanto isso, muitos dos acessos a Santiago estavam fortemente congestionados por um novo protesto. Alguns caminhoneiros interrompiam uma via e pediam a anulação de dívidas de pedágios.