Jaroslaw Kaczynski (dir.), líder do partido Lei e Justiça (PiS), em sessão da câmara baixa do parlamento, em Varsóvia, Polônia, 6 de maio de 2020
Jaroslaw Kaczynski (dir.), líder do partido Lei e Justiça (PiS), em sessão da câmara baixa do parlamento, em Varsóvia, Polônia, 6 de maio de 2020| Foto: Wojtek RADWANSKI / AFP

A Polônia adiou a eleição presidencial que estava marcada para o próximo domingo, 10 de maio, anunciaram Jaroslaw Kaczynski, o chefe do partido no poder, Lei e Justiça (PiS), e seu aliado Jaroslaw Gowin, em declaração conjunta nesta quarta-feira (6).

A Suprema Corte polonesa confirmará a anulação das eleições e uma nova data será anunciada pela presidente da Câmara baixa, Elzbieta Witek. O acordo foi fechado depois que Gowin, líder de um pequeno partido da coalizão de governo, se recusou a manter a data inicial, em meio ao bloqueio implementado para conter a pandemia do novo coronavírus no país.

Segundo o comunicado, a decisão é uma "solução que garantirá aos poloneses a oportunidade de participar em eleições democráticas".

O PiS, cujo candidato, o presidente Andrzej Duda, é o favorito, insistia em realizar a eleição em 10 de maio e tentou promover uma mudança na legislação para permitir que a votação fosse inteiramente feita por correios. A proposta foi rejeitada pela oposição, que argumentou que organizar eleições por correios em pouco tempo abriria margem para fraudes, além dos riscos para a saúde da população em meio à pandemia.

Até o momento, foram confirmados 14.740 casos de Covid-19 na Polônia; mais de 733 já morreram e 4.655 se recuperaram da doença no país, segundo a Universidade Johns Hopkins.