Polícia de choque em rua de Almaty, Cazaquistão, durante protestos contra o governo.
Polícia de choque em rua de Almaty, Cazaquistão, durante protestos contra o governo.| Foto: EFE/EPA/STR

Chegou a 225 o número de pessoas mortas nos violentos protestos que aconteceram no Cazaquistão nas últimas semanas. A última contagem oficial registrava 164 mortes. A atualização foi divulgada neste sábado (15/01) pela Procuradoria Geral do país.

Entre os mortos, segundo a informação oficial, estão "bandidos armados" que participaram de ataques a edifícios oficiais e agentes da lei, além de 19 policiais e militares e civis. As declarações foram dadas em entrevista coletiva por Serik Shalabaev, chefe do Serviço de Acusação Penal do gabinete da Procuradoria Geral do Cazaquistão.

Shalabaev afirmou ainda que, até agora, "foram também identificadas 4.353 pessoas feridas, incluindo 3.393 membros das forças de segurança".

O presidente cazaque, Kasim-Yomart Tokayev escreveu no Twitter que, durante "os trágicos acontecimentos de janeiro" - que começaram no dia 02/01 devido ao aumento do preço do gás liquefeito, utilizado no país como alternativa barata ao petróleo - e o consequente estado de emergência, "cerca de 2.000 pessoas foram presas por vários crimes".

Autoridades cazaques justificaram a decisão de reprimir os protestos com o uso da força devido à suposta presença de 20.000 insurgentes, terroristas internacionais e bandidos armados que, segundo Tokayev, tentaram encenar um golpe de Estado. O presidente ainda não conseguiu fornecer provas das declarações.