Protestos na cidade venezuelana de Cumanacoa, 22 de abril de 2020
Protestos na cidade venezuelana de Cumanacoa, 22 de abril de 2020| Foto: Reprodução / Gabinete da Presidência Interina da Venezuela

Relatório divulgado nesta sexta-feira (17) pelo Observatório Venezuelano de Conflitos Sociais (OVSC) apontou que somente no primeiro semestre de 2020 foram registrados 4,4 mil protestos no país. O número equivale a uma média de 25 manifestações por dia. Mais da metade dos protestos foram motivados pela exigência da concretização de serviços básicos.

A falha na concessão de energia aos cidadãos aparece em primeiro lugar nas reivindicações, seguida pelas demandas por água e gás. O fato de a população precisar ir às ruas para exigir condições de vida mais dignas torna os cidadãos mais vulneráveis à Covid-19, alerta a organização. Protestos pela exigência de melhores condições trabalhistas no país também são comuns.

O OVCS também aponta no documento que, no período analisado, a escassez de gasolina piorou na Venezuela. Longas filas para conseguir o combustível se tornaram rotina no país. De acordo com a organização, sobreviver em condições extremas se tornou um modo de vida na Venezuela, que possui uma das maiores reservas de petróleo do mundo mas é dominada por um sistema político, a ditadura capitaneada por Nicolás Maduro, que levou seus cidadãos à pobreza e à desigualdade social.