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Apoiadores da oposição carregando guarda-chuvas com as cores branca e vermelha, da antiga bandeira da Bielorrússia, desfilam pelas ruas durante protesto contra a posse presidencial de Lukashenko, em Minsk, em 27 de setembro de 2020| Foto: AFP

O Reino Unido e o Canadá decidiram na terça-feira (29) impor sanções contra autoridades da Bielorrússia, no mesmo dia em que o presidente da França, Emmanuel Macron, se encontrou com Svetlana Tikhanovskaya, um dos maiores nomes da oposição do país. Os dois movimentos foram criticados pelo presidente russo, Vladimir Putin, que denunciou uma "pressão externa sem precedentes" contra Alexander Lukashenko, que comanda o país há mais de duas décadas.

A partir desta quarta-feira (30), oito autoridades da antiga república soviética, incluindo o presidente, não poderão entrar no Reino Unido e no Canadá e terão os bens congelados nos dois países. "Responsabilizaremos os autores da brutalidade contra o povo bielorrusso e defenderemos nossos valores de democracia e direitos humanos", disse o chanceler britânico, Dominic Raab, afirmando que Londres e Ottawa não aceitam "os resultados da eleição fraudulenta" de Lukashenko.

Pouco depois de se encontrar com Tikhanovskaya, Macron disse, em um debate com estudantes na Universidade de Vilna, que a União Europeia, que também rejeitou a reeleição de Lukashenko, está preparando medidas punitivas. "A Europa está em posição de pressionar por meio de sanções, que tomaremos nos próximos dias e nas próximas semanas." Macron pediu uma mediação internacional para organizar novas eleições, que seriam monitoradas.