Manifestantes protestam contra a suspensão do Parlamento, em Londres, Reino Unido
Manifestantes protestam contra a suspensão do Parlamento, em Londres, Reino Unido| Foto: Tolga AKMEN/AFP

A decisão do primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, de suspender o Parlamento por cinco semanas foi considerada ilegal e nula pela Suprema Corte do país, em decisão proferida nesta terça-feira (24).

Johnson argumentou que a suspensão permitiria a seu governo dar início a uma "agenda muito empolgante". No entanto, muitos acreditam que o motivo da decisão é apenas um: dar menos tempo aos políticos para tentar bloquear o Brexit. A suspensão começou no início de setembro, com a retomada dos trabalhos prevista para 14 de outubro. Assim, sobrariam poucos dias até 31 de outubro, quando o Reino Unido deve se retirar da União Europeia, com ou sem um acordo entre as partes.

De acordo com a BBC, a presidente da Suprema Corte, Lady Hale, disse que "o efeito [da suspensão] sobre os fundamentos da nossa democracia foi extremo". Segundo ela, a decisão unânime dos 11 juízes era de que o Parlamento não havia sido prorrogado - a decisão era nula e sem efeito - e cabia aos Oradores da Casa dos Comuns e dos Lordes decidir o que fazer a seguir.