Apoiadores do partido indiano BJP, de Narendra Modi, queimam cartazes com a imagem do presidente chinês Xi Jinping em protesto anti-China em Allahabad, 17 de junho de 2020
Apoiadores do partido indiano BJP, de Narendra Modi, queimam cartazes com a imagem do presidente chinês Xi Jinping em protesto anti-China em Allahabad, 17 de junho de 2020| Foto: SANJAY KANOJIA / AFP

O Los Angeles Times, um dos jornais mais tradicionais dos Estados Unidos, publicou na quinta-feira (3) uma matéria na qual afirma que uma repórter da publicação sofreu graves intimidações enquanto trabalhava em uma reportagem na Mongólia Interior, região autônoma no Norte da China, onde vivem cerca de 25 milhões de pessoas.

A profissional estava escrevendo uma matéria sobre uma nova política que reduz o uso da língua mongol nas escolas da região e aumenta o uso do mandarim em instituições onde o mongol é o principal idioma. Esta seria mais uma tentativa para forçar os habitantes da região a assimilarem a cultura han da China. Medidas similares já foram aplicadas no Tibete e Xinjiang, onde vive a minoria uigur.

Segundo o Los Angeles Times, a repórter foi interrogada em uma delegacia de polícia, agarrada pelo pescoço, mantida presa por quatro horas e forçada a deixar a região. A jornalista foi cercada por homens à paisana em uma escola em Hohhot, capital do território, e não teve permissão para ligar para a embaixada dos EUA na China. No fim, três funcionários do governo e um policial levaram a mulher até uma estação de trem e ficaram na plataforma até o veículo partir para Pequim.