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Protestos contra Lukashenko continuaram nesta segunda-feira (17), em Minsk, na Bielorrússia| Foto: Sergei GAPON/AFP

Vários empregados de empresas da imprensa estatal da Bielorrússia (Belarus) entraram em greve nesta segunda-feira (17), se juntando aos milhares de manifestantes que pedem a saída do ditador Alexander Lukashenko e novas eleições. Os grevistas exigem que as empresas nas quais trabalham, de rádio e televisão, comecem a fornecer aos bielorrussos informações imparciais e confiáveis ​​sobre os desenvolvimentos atuais no país, principalmente depois dos relatos de tortura e espancamento de manifestantes que estavam em custódia policial. Os protestos de domingo em Minsk, considerados os maiores da história da Bielorrússia independente, não foram noticiados pelas principais redes de TV estatais do país.

A insatisfação popular transbordou para as ruas quando Lukashenko anunciou, em 10 de agosto, que havia ganhado as eleições do país com 80% dos votos, sob fortes críticas internas e internacionais de fraudes eleitorais. Temendo represálias, a candidata opositora, Svetlana Tikhanouskaya, fugiu para a Lituânia. Os Estados Unidos, o Reino Unido e a União Europeia rejeitaram o resultado. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, prometeu auxílio ao ditador em caso de ameaça militar externa.