O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou a Organização Mundial da Saúde (OMS) e acusou a entidade de ser "centrada na China", embora "financiada pelos EUA". "Felizmente, rejeitei os conselhos (da OMS) de manter nossas fronteiras abertas à China no início (da pandemia). Por que eles dariam uma recomendação tão ruim?", questionou o líder norte-americano no Twitter.
Em 31 de janeiro, Trump anunciou que barraria a entrada de estrangeiros que estivessem indo da China, na época o epicentro da epidemia de coronavírus, para os Estados Unidos. Quarentenas mandatórias de 14 dias foram impostas para todos os americanos que voltassem da região de Wuhan. A decisão de Trump foi classificada como uma "dramática escalada" na resposta americana ao coronavírus pela imprensa do país e dias depois a OMS reiterou que via com preocupação medidas que interferissem no transporte e comércio, já que elas poderiam prejudicar esforços de responder à doença.
A China, que está adotando medidas semelhantes para evitar uma segunda onda de infecções no país, disse na época que os Estados Unidos estavam "exagerando" e espalhando o "medo". "Até a mídia e os especialistas americanos duvidaram da decisão do governo, dizendo que as restrições do governo dos EUA à China são exatamente o que a OMS rejeita, que os EUA estão passando do excesso de confiança para o medo e a reação exagerada", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying, em 3 de fevereiro.