O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (18) que suspendeu as restrições de entrada no país de cidadãos não norte-americanos vindos do Brasil, do Reino Unido e de grande parte da Europa. A medida passaria a valer a partir de 26 de janeiro, mesmo dia em que entra em vigor a exigência de teste negativo para Covid-19 aos viajantes que queiram entrar nos EUA. No entanto, a equipe de transição do presidente eleito, Joe Biden, adiantou em seguida que ele não planeja adotar a medida.
"Com a piora da pandemia e variantes mais contagiosas emergindo pelo mundo, esse não é o momento de suspender restrições de viagem internacional", disse Jen Psaki, porta-voz de Biden, pelo Twitter. "Seguindo o conselho de nossa equipe médica, a administração não pretende suspender essas restrições em 26 de janeiro. De fato, pretendemos reforçar medidas de saúde pública em torno de viagens internacionais para mitigar as transmissões de Covid-19", acrescentou.
Desde 29 de maio de 2020 está proibida a entrada nos EUA de pessoas que tenham estado no Brasil e em partes da Europa nos 14 dias anteriores à viagem. A medida, instalada para conter a entrada do coronavírus no território americano, não afeta residentes dos Estados Unidos ou pessoas casadas com um cidadão americano. Há exceções também para membros de companhias aéreas, pessoas convidadas pelo governo americano e outros casos.
A partir de 26 de janeiro, todos os viajantes internacionais deverão apresentar resultado negativo para coronavírus em teste feito dentro de três dias antes da viagem ou comprovação de que já se recuperaram da Covid-19. As companhias aéreas podem negar o embarque a passageiros que se recusarem a apresentar a documentação exigida.