O presidente da Ucrânia afirmou que não aceita seu “ultimato” para frear a invasão e pediu a Vladimir Putin que saia de sua “bolha” e permita o “diálogo”.
O presidente da Ucrânia afirmou que não aceita seu “ultimato” para frear a invasão e pediu a Vladimir Putin que saia de sua “bolha” e permita o “diálogo”.| Foto: EFE/EPA/SERGEY DOLZHENKO

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, respondeu ao Kremlin nesta segunda-feira (7) que não aceita seu "ultimato" para frear a invasão e pediu a Vladimir Putin que saia de sua "bolha" e permita o "diálogo".

A declaração do presidente ucraniano foi registrada em entrevista com trechos antecipados pela emissora americana "ABC". Zelensky foi questionado sobre a proposta do Kremlin de frear sua ofensiva se Kiev desistisse da adesão à Otan e reconhecesse a Crimeia como território russo e reconhecesse a independência de Donbas.

"Este é outro ultimato e não estamos preparados para ultimatos", disse Zelensky durante a entrevista, cuja íntegra ainda não foi divulgada. Por outro lado, o presidente ucraniano afirmou que "o que Putin deve fazer é iniciar o diálogo em vez de viver em uma bolha de informação sem oxigênio". "Ele está em uma bolha recebendo informações e não sabemos se as informações que dão a ele são realistas".

Quando perguntado sobre a recusa da Otan e dos Estados Unidos em impor uma zona de exclusão aérea na Ucrânia, Zelensky reiterou que é necessário derrubar mísseis russos para "preservar vidas" de civis, já que há bombardeios contra universidades e hospitais. "Tenho certeza de que os bravos soldados americanos derrubariam [os mísseis russos] que são lançados contra os estudantes. Tenho certeza de que eles não hesitariam em fazê-lo", comentou.