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Um graduado funcionário público da Grã-Bretanha que esqueceu arquivos secretos sobre o Iraque e a al-Qaeda em um trem foi multado em 2.500 libras (quase R$ 8.500) nesta terça-feira (28).

Richard Jackson admitiu ter violado a Lei de Segredos Estatais ao levar dois documentos secretos para casa, no dia 10 de junho, por engano.

Jackson estava passando mal devido a uma doença quando percebeu ter deixado os documentos em um trem que o levou da estação London Waterloo para Surrey, afirmou a agência de notícias Associated Press.

Durante a audiência, o funcionário passou grande parte do tempo com a cabeça apoiada nas mãos.

O juiz Timothy Workman, responsável por julgar o caso, disse que o réu teria de ser condenado a algum tipo de encarceramento se a perda dos documentos houvesse colocado em perigo a segurança nacional.

"Estou ciente de que ele já pagou uma multa pesada, já teve seu salário reduzido e viu sua família e sua própria saúde sofrer com isso", afirmou o juiz.

Jackson recebeu uma suspensão depois do incidente, mas já voltou ao trabalho, em um cargo situado ao menos três graus abaixo daquele ocupado anteriormente pelo funcionário.

O advogado do réu, Neil Saunders, disse que seu cliente encontrava-se sob muita pressão quando do incidente.

"Pode ter sido parcialmente por causa das funções dele, por causa da equipe liderada por ele e por causa do trabalho realizado então que ele cometeu esse grave erro", afirmou.

Jackson só informou o extravio dos documentos no dia seguinte ao fato porque seus chefes imediatos encontravam-se viajando.

A promotora Deborah Walsh afirmou: "A demora em informar o caso atrasou a tomada de qualquer medida para recuperar os arquivos".

Um dos documentos tinha a inscrição "altamente secreto", ao passo que o outro seria de um nível médio de segurança. O réu, originalmente lotado no Ministério da Defesa, estava trabalhando no Escritório do Gabinete, o departamento que descreve a si mesmo como o "escritório central" do governo britânico.

Em um comunicado, o Escritório do Gabinete disse que a perda dos documentos "pode prejudicar a segurança nacional da Grã-Bretanha e as relações internacionais do país. No entanto, até este momento, isso parece não ter ocorrido."

Os arquivos chegaram às mãos de Frank Gardner, correspondente da BBC para questões de segurança.

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