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Em sua primeira viagem oficial aos EUA, o primeiro-ministro britânico Gordon Brown ressaltou o desejo de preservar os laços de proximidade com o presidente George W. Bush e estabelecer o que definiu como uma "nova relação especial" entre Londres e Washington. O que, na prática, deve significar uma certa distância em relação a questões polêmicas como a guerra no Iraque, de quem Brown é um antigo crítico.

Brown se reuniu nesta segunda-feira com o presidente dos EUA em Camp David. Nos dois dias em que os líderes estarão reunidos, temas como as mudanças climáticas, os esforços para retomar as negociações da rodada de Doha (sobre o comércio mundial) e o programa nuclear do Irã serão discutidos.

Sobre este último tópico, aliás, Brown e Bush demonstram estar afinados.

- Em relação ao Irã, estamos de acordo que sanções funcionam e que o próximo passo que estamos nos preparando para seguir é endurecer as sanções com mais uma resolução da ONU - disse Brown em entrevista à imprensa conjunta com Bush em Camp David.

Brown também pretende buscar apoio dos EUA para um pacote de medidas elaborado com o intuito de colocar fim ao conflito na região de Darfur, no Sudão.

Fugindo da alcunha de "cachorrinho dos EUA"

Reservado e, em certa medida, formal, Gordon Brown não deve manter o tipo de relação de proximidade existente entre George W. Bush e o antigo primeiro-ministro britânico, Tony Blair - que se divertiam por usar até a mesma marca de pasta de dente. Brown deve evitar qualquer tipo de atitude capaz de fazer com que os meios de comunicação britânicos o classifiquem como um "cachorrinho dos EUA", a alcunha dada por repórteres a Blair.

O ex-premier britânico apoiou Bush depois dos ataques de 11 de setembro de 2001 e durante a invasão do Iraque, em 2003. A proximidade entre os dois líderes irritou a opinião pública britânica e contribuiu para a decisão de Blair de abandonar o cargo antes do final do mandato. Ainda assim, autoridades britânicas e americanas tentaram afastar os rumores de que a relação entre os dois países esfriaria.

"Herança comum"

Em um artigo publicado na segunda-feira pelo jornal The Washington Post, Brown prometeu solidariedade com os americanos na luta contra o terror, citando a frase de Winston Churchill sobre a Grã-Bretanha e os EUA compartilharem uma "herança comum".

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