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Civis no leste do Congo estão sofrendo com a disseminação da brutalidade de rebeldes e soldados do governo, com estupros e mutilações, disse nesta segunda-feira (15) a atriz norte-americana Mia Farrow, enviada especial da Organização das Nações Unidas (ONU).

Centenas de milhares de pessoas na província de Kivu do Norte estão envolvidas nos combates entre as tropas da República Democrática do Congo e os rebeldes liderados pelo general Laurent Nkunda.

Mia Farrow, de volta de uma visita do Unicef à região, disse que a comunidade internacional precisa deixar de lado a relutância em agir e tomar medidas para proteger as pessoas que vivem na área.

As atrocidades contra mulheres e crianças são enormes e dificilmente poderiam ser mais brutais ou bárbaras. Em suas próprias casas, as pessoas são estupradas, torturadas, assassinadas, mutiladas ou sequestradas, disse em entrevista coletiva.

O governo de Kinshasa e Nkunda negam que suas tropas sejam responsáveis pelas atrocidades.

A atriz, embaixadora do Unicef (agência da ONU para a infância) desde 2000 e defensora dos direitos das crianças, disse que não há diferenças entre o comportamento dos lados do conflito.

"A selvageria do estupro contra mulheres e crianças, às vezes com o uso de armas de fogo e baionetas. Nem meninas de 1 ano são poupadas", disse Farrow, referindo-se ao relato de pessoas que ela entrevistou.

Segundo Farrow, ela foi informada que em um acampamento da região, onde estima viverem cerca de 1 milhão de pessoas forçadas a abandonar suas casas, "soldados" aparecem todas as noites para escolher as vítimas de estupro.

O relato de Farrow reproduz informações similares de membros da ONU, de organizações não-governamentais que trabalham no Congo e de órgãos independentes de defesa dos direitos humanos.

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