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A capital de Burkina Faso, Uagadugu, vive intensos confrontos após a guarda do ex-presidente Blaise Compaoré manter reféns o presidente interino, Michel Kafando, o primeiro-ministro, Isaac Zida, e dois ministros no Palácio Presidencial, em Uagadugu. Segundo autoridades, o Regimento de Segurança Presidencial (RSP), tenta garantir um golpe de Estado após o presidente ter sido forçado a renunciar em 2014.

“Os militares invadiram a sala do Conselho de Ministros às 14h30m e fizeram refém o presidente de Faso, Michel Kafando, o primeiro-ministro, Isaac Zida, e dois ministros (de Funções Públicas, Augustin Loada, e de Urbanismo, René Bagoro)”, afirmou o presidente do Conselho Nacional de Transição, Cheriff Sy, em um comunicado à AFP. “Essa enésima invasão do RSP é um atentado grave contra a República e suas instituições. Convoco todos os patriotas a se mobilizarem para defender a pátria-mãe”.

Nas redes sociais, o movimento de transição que controla o país após a queda de Compaoré convocou uma manifestação para “dizer ‘não’ ao golpe de Estado em curso”. Derrubado após protestos em outubro de 2014, ele tem ordenado por diversas vezes que sua guarda fique nas ruas.

Durante a tarde e a noite local, foram registrados vários conflitos armados e protestos em Uagadugu. Tropas do Exército atiravam para dispersar uma multidão que protestava do lado de fora do Palácio Presidencial. Em imagens divulgadas em redes sociais, muitas pessoas apareciam feridas.

Desde a saída de Compaoré, Burkina Faso é governada por autoridades interinas, que ficarão no poder até novas eleições presidenciais e legislativas — previstas para outubro.

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