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Ministério da Justiça canadense alfinetou China após libertação de Meng Wanzhou
Ministério da Justiça canadense alfinetou China após libertação de Meng Wanzhou| Foto: EFE/EPA/BOB FRID

O Canadá libertou nesta sexta-feira (24) a diretora financeira da Huawei, Meng Wanzhou, após ela chegar a um acordo com autoridades dos Estados Unidos para suspender a acusação de fraude da qual tanto a executiva como a empresa chinesa são alvos. O governo canadense explicou em comunicado que, após o acordo entre Meng e o Departamento de Justiça dos EUA, terminou o processo de extradição da executiva chinesa, que foi presa no Canadá em 1º de dezembro de 2018, e assim ela pode deixar o país.

O comunicado foi divulgado logo após os EUA terem informado o Canadá de que haviam retirado seu pedido de extradição contra Meng. A juíza Heather Holmes, da Suprema Corte da província canadense da Columbia Britânica, assinou então uma ordem para encerrar o processo.

As autoridades canadenses também usaram a libertação de Meng como uma crítica ao sistema judicial chinês, que no início deste ano condenou dois cidadãos canadenses, Michael Kovrig e Michael Spavor, por espionagem. Os dois foram detidos pelas autoridades chinesas imediatamente após a prisão de Meng em Vancouver, o que foi interpretado pelos analistas como uma clara retaliação.

Spavor, um empresário especializado em comércio com a Coreia do Norte, foi condenado em agosto a 11 anos de prisão. A sentença de Kovrig ainda não foi divulgada. O Ministério da Justiça observou que “o Canadá é um país onde impera a lei”. “Meng Wanzhou tinha direito a um julgamento em tribunal, de acordo com a lei canadense. Isso mostra a independência do sistema judiciário do Canadá”, acrescentou a nota.

A libertação de Meng agora abre a porta para a China entregar Spavor e Kovrig ao Canadá, embora o acordo entre a executiva da Huawei e os EUA não mencione os dois canadenses.

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